Papel offset e Sulfite

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Existem muitos tipos de papel encontrados no mercado. Mas um deles quase ninguém sabe o nome. Usualmente chamamos de papel comum ou chamamos pelo nome de uma das marcas mais comuns, o famoso Chamequinho! Hoje vamos falar desse papel tão usado e que poucos sabem realmente quem ele é!

Papel offset, sulfite, super bond ou chameguinho?

São muitos os nomes. Mas na verdade esse é o papel mais comum do mercado. É aquele papel vendido em resmas de 500 folhas ou em pacotes de 100 folhas.

Nada mais é do que o papel mais vendido do mercado.

Os nomes variam de acordo com o uso. Quando são vendidos em folhas grandes, diretamente para as gráficas assumem o nome de papel offset. Ele é vendido com o nome de offset, pois é nessas máquinas que se processa a maior parte da impressão.

A gramatura varia muito, indo de 56 g até cerca de 300 g. A cor geralmente é branca, com uma certa variação de alvura dependendo do fabricante.

Mas ele pode ser colorido também, mas daí assume outros nomes para diferenciar como o super bond (56, 60 g) , papel colorido (75 g) ou cartolina (150 e 180 g).

Quando é vendido cortado para impressoras comuns, costuma ser chamado de sulfite ou chameguinho no comercio.

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Qual a diferença dele?

O que caracteriza esse papel é não sofrer nenhum tipo de preparo. Esse é o primeiro papel a sair da linha de produção. As fibras ficam aparentes, sem nenhum tipo de cobertura.

A partir dele pode-se aplicar uma cobertura a base de caulim, passando a ser chamado de couchê ou impermeabilizações especiais formando o papel duplex, tríplex, duodesign, supremo e similares.

Como não possue nenhum tratamento especial, é o papel mais barato do mercado e por isso o mais usado.

Como as fibras ficam aparentes, ele não tem nenhum problema para a tinta ser absorvida. Com isso pode ser usado em impressoras jato de tinta, laser, offset, rotogravura, flexografia e todos mais processos que existem no mercado.

Os papeis revestidos como o couchê não podem ser usados. A camada protetora impede a boa absorção de tinta e processos como jato de tinta e rotogravura, que dependem muito dessa absorção.

Vantagens e desvantagens.

A grande vantagem no uso do papel sulfite ou offset é na facilidade de impressão. Qualquer impressora consegue imprimir nele. Ele também é um dos papéis com a  maior gama de gramaturas do mercado e é fabricado por praticamente todos os fabricantes de papel, já que ele é a base para todos os demais papéis.

A desvantagem é que dependendo do tipo de impressão as cores ficam menos vivas, pois parte do corante das tintas é absorvido pelas fibras.

Existem também desvantagens quanto a aspereza do papel e por ser um papel que rasga mais fácil por não ter uma superfície protetora.

Multiplos usos

Esse papel é usado em quase tudo que existe. Por ser mais barato e bem flexível no uso, é o primeiro papel a ser usado.

Aos poucos vai perdendo espaço para outros papeis mais específicos para as aplicações.

Aqui vale alguns exemplos:

Antigamente, todos os cartões de visita eram feitos em papel offset de 180 a 300 g. Hoje em dia, O papel couchê e o Supremo substituíram o offset na produção de cartões de visita quando impressos em offset e laser. Nas impressoras Jato de tinta ainda há muito o uso do offset, mas já há uma forte tendência para a substituição por papel Fotográfico, que apresenta uma impressão infinitamente melhor e pouco a pouco aproxima seu valor para quase o valor do papel sulfite comum.

Na cartonagem, o papel offset de alta gramatura já foi muito utilizado. Mas devido a ser muito poroso e rasgar facilmente, papeis como o supremo vem se destacando, assim como o couchê revestindo papéis ondulados. Desse modo, hoje em dia, quase não vemos embalagens feitas em papel offset.

Nos livros, antigamente, 100 % deles tinham suas páginas impressas em papel offset. Com o tempo, publicações de alta tiragem e baixo custo passaram a ser feitas em papel jornal. Já por outro lado, com a facilidade de impressão a cores, começaram a surgir livros técnicos impressos em papel couchê. Hoje a maioria dos livros já é feita em papel Pólen, que apresenta uma coloração de leitura mais agradável.

Com isso o papel offset, pouco a pouco, vem sendo empurrado para o uso comum, nas casas e escritórios, perdendo espaço para papéis mais especializados.

Conclusão

O papel sulfite ou offset é o papel mais comum e barato do mercado, perdendo em preço apenas para o papel jornal, feito de material de qualidade inferior.

Praticamente todo mundo conhece e já usou esse papel.

Tendo dúvida de que papel usar num projeto, primeiro faça os testes nesse papel. Não agradando passe para os demais papéis procurando as melhores características para seu trabalho.

Espero que tenham gostado.

Até a próxima postagem.

8 COMENTÁRIOS

  1. Eu quero saber qual melhor papel para impressão frente e verso em jato de tinta, para fazer agendas e cadernos? O nome offset por si só determina que o papel seja melhor que o sulfite? Pois já me disseram que offset e sulfite não são iguais. E papel pólen? Serve para essa impressão? 🙂

    • Claudia,
      Tenha em mente que o papel vai depender da tinta utilizada na impressora. Se a sua impressora é toda original possivelmente ela tem tinta corante. Algumas poucas impressoras ou impressoras com a tinta alterada, podem estar rodando com tinta pigmentada.
      A diferença entre ambas é que a tinta corante em geral apresenta cores mais vivas, mas borra se for molhada (suor da mão por exemplo e isso é ruim para uma agenda). A tinta pigmentada seca melhor e não sai com agua (por isso seria mais indicada para a agenda).
      O papel sulfite e o offset são os mesmos (as diferenças são muito sutis). Normalmente o papel sulfite é vendido já cortado e o papel offset é vendido em folhas 66×96 cm ou maior e são cortadas na gráfica. Tem uma diferença na cobertura delas e no processo de fabricação, mas visualmente e no seu caso pode considerar como iguais. O papel polem é aquele usado em livros. Ele facilita um pouco a leitura. Quanto a impressão funciona do mesmo modo que os anteriores. Só não da para usar é o couchê, que é impermeabilizado e não admite impressão jato de tinta.
      Ou seja, respondendo sua pergunta, o papel tanto faz… sua preocupação deve recair na tinta usada para que não borre ao usar a agenda. Vai no mercado livre e pesquisa sobre bulk e tintas que vai ver essas duas tintas.
      Observação importante. Ao trocar por tinta pigmentada deixará de poder imprimir em papel fotorafico. Uma possivel solução é comprar papel fotografico a prova dagua e usar com tinta corante, mas isso tem um custo um pouco maior.
      Faça testes antes de fazer mudanças no seu equipamento… imprime algumas folhas nos 3 papeis, deixa secar bem e depois utiliza como se estivesse escrevendo na agenda… depois acha uma impressora com tinta pigmentada e faz o mesmo teste… dai toma a sua decisão.
      Espero ter ajudado.
      Abraços,

  2. boa tarde,nos mangás, o papel jornal costuma amarelar com o passar do tempo,eu reparei que os mangás que possuem papel off set não amarelam de jeito nenhum, coleciono um mangá feito em papel off set desde 2014 e nada de amarelar,gostaria de saber se esse tipo de papel (off set) necessita de um cuidado maior ou se ele não sofre alterações com o tempo.

    • Cássio,
      Pode amarelar sim… depende da acidez do papel. O papel couchê amarela menos devido as camadas externas que ele tem… mas quando falamos de décadas pode haver o amarelamento também.
      O segredo do papel é exatamente esse… a acidez do papel… que varia de marca para marca… eu tenho impressões offset feitas com diversas categorias de papel, tanto laser quanto em papel offset, com mais de 1 década… alguns amarelados e outros ainda branquinhos como chegaram.
      Se pesquisar a fundo essa questão de oxidação e entrar nas especificações dos fabricantes poderá ter recursos para fazer uma boa escolha do papel.
      Particularmente eu nunca me preocupei com isso pois usando papeis de boas marcas eu garanto pelo menos uma década sem amarelar.
      O papel do mangá feito em jornal não é feito para durar muito… o próprio papel jornal amarela com bastante facilidade.
      tá ok?
      Abraços,

  3. […] Ele é considerado o papel mais simples, sendo batido em simplicidade apenas pelo papel jornal. É usado em panfletos de rua, miolo de livros, memorandos, receituários, notas fiscais, e quando mais grosso até em fichas e cartões. A principal vantagem é que é o melhor para escrita, pois por ser bem poroso absorve bem a tinta. É também um dos mais baratos. Existe de 50 gr a cerca de 300 gr. Existe em várias cores. As cartolinas estão incluidas neste grupo. Quer entender mais sobre esse papel? Tente esse link aqui: Papel offset ou sulfite! […]

  4. Como é o processo que é chamado de “laminar a impressão feita no papel sulfite”? Melhora a visualização da imagem? Protege a impressão?

    • Dalmo,
      Existem várias formas usadas para proteger a impressão e melhorar as cores.
      As mais usadas são a laminação e o verniz UV total.
      No verniz UV total fazemos uma impressão chapada de verniz UV e passamos a folha por uma curadora UV (lampadas e calor) para secar elas. Fica com um brilho intenso, muito bonito. É muito utilizado em cartões e panfletos mais grossos. O papel mais fino tende a grudar na blanquetas da máquina dificultando a aplicação.
      A laminação é a aplicação de um filme plastico no papel usando pressão, cola e calor. É usado um filme de plastico com cola seca que pelo calor e pressão se fixa ao papel. existe na forma fosca ou brilho e varia muito de resultado de acordo com o fabricante do material… é similar a plastificação de carteiras, mas não é necessario ficar aquela sobrinha de plastico para grudar na borda pois ela agarra mais firme ao papel.
      O plastico em si quando brilhante melhora muito as cores e o fosco além de melhorar a cor, dá um aspecto fosco e uma textura legal ao cartão. Pode ser aplicado a folha fina, mas também dá um pouco de trabalho a aplicação.
      Visualmente dá para distinguir bem se é laminado ou é verniz. A laminação proteje mais, mas com o verniz se tem um ganho de velocidade de aplicação.
      Tá ok? Tendo mais dúvida basta perguntar.
      Abraços,

  5. […] Ele é considerado o papel mais simples, sendo batido em simplicidade apenas pelo papel jornal. É usado em panfletos de rua, miolo de livros, memorandos, receituários, notas fiscais, e quando mais grosso até em fichas e cartões. A principal vantagem é que é o melhor para escrita, pois por ser bem poroso absorve bem a tinta. É também um dos mais baratos. Existe de 50 gr a cerca de 300 gr. Existe em várias cores. As cartolinas estão incluidas neste grupo. Quer entender mais sobre esse papel? Tente esse link aqui: Papel offset ou sulfite! […]

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