Ricoh Aficio MPC-6000 – Minha análise das amostras que chegaram

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Na semana passada, apresentei para vocês a multifuncional Ricoh Aficio. Na ocasião a análise foi feita baseando-se apenas nos dados técnicos da impressora. A revenda não dormiu no ponto e me contatou de imediato para me enviar as amostras. Segue agora as minhas ótimas impressões.

As amostras

Não demorou muito, foram apenas 3 dias úteis entre a minha postagem e a chegada das amostras por Sedex. De imediato fiquei muito impressionado.

Confesso que eu esperava uma amostra com pontos aparentes, com falhas nas regiões pretas, pontinhos aparentes na região branca, como vemos normalmente nas impressoras laser de menor valor. Ou seja, eu esperava uma impressora laser colorida comum, só que mais rápida e com um bom custo, o que já seria maravilhoso.

Acontece que as amostras chegaram. Na luz de dentro de casa pareciam perfeitas. As imagens continham regiões escuras e claras impressas sem problemas e o mais impressionante: Não vi os pontos de impressão. Fui para a varanda para aumentar a iluminação, num dia bem claro e nada. Apelei para uma lente de aumento e só aí consegui definir timidamente os pontos.

Para quem conhece isto, eles se apresentam de forma ligeiramente diferente da offset, no qual vemos as rosetas claramente ao usar uma lupa.

Ficou agora a minha missão de passar algo que acontece a uma resolução de 1200 dpi usando um smartphone com poucos megapixels disponíveis e um scaner com 300 dpi reais. Então, se não ficar claro o suficiente ao mostrar nos 72 dpi da web, me perdoem… mas vou tentar.

Para quem está curioso, segue abaixo as amostras em A3+, em papel 250 g couchê fosco, batidas com meu Sansung SII.

Amostra Ricoh Afício

Como fiz o teste

Meu teste foi bem simples. Scaneei 2 pedaços das amostras enviadas e alguns serviços em offset que eu tinha em mãos. As imagens foram ampliadas, sendo selecionado partes de igual tamanho das amostras para comparação.

O objetivo era chegar as rosetas de cada equipamento, mas devido as limitações de meus equipamentos fiquei longe disso. Pensei até em usar a interpolação existente neles, mas creio que daria um falso resultado.

Embora não tenha chegado ao que eu queria, dá bem para sentir a qualidade das impressões. Se fosse uma jato de tinta contra a offset perceberia-se facilmente a diferença. Mas as impressões são tão próximas que somente com equipamento de altíssima qualidade poderíamos mostrar a diferença.

Você pode notar pela sequencia das imagens, que procurei mostrar o encontro entre as partes claras e escuras e os tons bege dos doces. Nas partes escuras esperávamos encontrar tonner soltando ou falhas na cobertura. Nas partes claras esperávamos encontrar pontos aparentes ou perda de informação. Nos beges esperava encontrar variações de tonalidade.

Alguém aqui deve ser mas expert do que eu,mas pelo que me lembro nas revistas especializadas, isto era o que procuravam evidenciar nas amostras… e eu segui esta mesma linha.

Teste 01 Rocho Afício

Resultado encontrado

As ampliações acabaram numa altura de cerca de 1 cm no impresso, que deve aparecer para vocês na web como uma imagem de uns 6 cm. Você pode ampliar mais as imagens até ter um aumento real de umas 20 X, o que equivale a uma lupa.

Ampliando a imagem você começará a ver uma figura de interferência chamada Moiré, que é ligeiramente maior na impressão a laser. Mas a diferença é muito pequena, praticamente imperceptível, a não ser que você ande com lupas muito fortes no bolso.

Com isso a Ricoh Aficio MPC-6000 se tornou uma excelente impressora para se ter na sua loja gráfica. Não digo ainda para excluir totalmente a terceirização de serviços, mas com certeza pode passar a oferecer serviços rápidos, desenvolvidos nela, sem passar vergonha.

O papel atende perfeitamente, pois ela trabalha com até 300 g/m2. A qualidade de impressão dispensa o verniz, mas nada impede de no futuro ter uma envernizadora ou laminadora para serviços rápidos.

Não dá para comparar esta máquina com as impressoras laser de menor porte que encontramos nas lojas na faixa dos R$ 600 aos R$ 4 mil. Primeiro, a resolução anunciada está longe de ser a resolução real. Além de resolução, existe os níveis de cada ponto. Explicando de modo genérico. Uma impressora de 2400 dpi com pontos duros pode ser pior que uma de 300 dpi com 256 níveis de ponto. O fabricante mostra o que quer que você compre e não a realidade.

Outra coisa, a quantidade de toner que gruda no papel difere muito entre as máquinas. Quando você pinta uma imagem com um marrom escuro percebe bem este problema. Nas impressoras melhores a imagem fica uniforme e nas impressoras de menor valor ela fica manchada ou mesmo desprende o toner.

Falar de velocidade é até covardia. Tem impressora que leva até 5 minutos para gerar uma imagem simples e depois cospe elas com uma velocidade de algo entre 6 a 30 paginas por minuto. Esta aqui leva segundos na primeira imagem e chega a algo entre 60 e 75 páginas por minuto na impressão. O papel A3+ também tem o seu peso. Ter uma impressão de formato grande abre a possibilidade de fazer pastas e revistas, coisa impossível para uma máquina A4.

Sem falar na demanda reprimida de cartazes para festas de ultima hora que nós gráficos sempre temos.

teste 2 Ricoh Afício

E agora? Como comprar!

Agora vem o pulo do gato!

Não é todo mundo que consegue ter em mãos os R$ 10 mil do sinal desta máquina. A maioria dos meus leitores nem registrados estão, como no meu próprio caso!

Então como fazer?

A resposta é buscar a regularização de seu negócio, criar capital social e conseguir um bom limite no cartão BNDES. Não pense no hoje! Pense em um negócio a longo prazo. Faça um caminho a ser percorrido em 1 ou 2 anos. Até lá podem surgir outras opções, mas você estará preparado.

Pegue seu carro e maquinários já comprados, arrume um bom contador. Arrume dinheiro emprestado junto a parentes por alguns dias apenas. Crie a empresa e integralize lá algo próximo a R$ 30 mil. Logo em seguida simule a venda de seu carro e equipamentos para a empresa e devolva o dinheiro para seus respectivos donos.

Com isso você terá uma empresa com cerca de R$ 30 mil de capital social, ainda nova, mas já pode tentar começar um bom relacionamento bancário e pedir um cartão BNDES. Se o limite ainda é pequeno, peça revisão daqui a alguns meses.

Vai chegar o ponto que o limite dele vai permitir adquirir um bem desses.

Para ter uma ideia, este equipamento custará no cartão BNDES apenas 48 x R$ 633. Uma bagatela muito fácil de pagar.

O toner que vem com ela vai permitir fazer umas 8000 impressões com boa cobertura. Se o seu objetivo inicial for apenas de pagar a máquina você precisará de muito poucas impressões para cobrir o valor do equipamento.

Você precisará de apenas 500 impressões por mês para cobrir a prestação, ou seja, 25 impressões por dia.

A impressão de 1000 cartões nela sai a R$ 19 já com papel (sem verniz). Eu sugiro comprar em guilhotina de uns 30 cm de boca para dar vazão a demanda, pois o que tem de apressadinho por aí não dá nem para contar.

As minhas contas são feitas com impressões sendo vendidas a cerca de R$ 1,50 o A3. Mas você sabe que pode cobrar bem mais que isso. O seu custo de um A3 será de cerca de R$ 0,45 já com papel grosso. A margem é bem larga. Já vi esse mesmo produto ser vendido por até uns R$ 6 (eu já paguei isto para fazer cardápios de ultima hora, por cada face).

Vale lembrar que ela já vem com insumos para rodar 8000 impressões a R$ 0,25 de custo de tinta, ou seja, a prestação de 13 meses no BNDES.

E tudo que você precisa fazer é colocar o que já usa para sua empresa (seu carro e equipamentos) no papel para fazer um bom capital social.

Teste 3 Ricoh Afício

E aí Paulo? Vai comprar uma dessas?

É claro que eu quero. Mesmo estando descapitalizado, por ter saído de um emprego sem ganhar nada (nem o salário do mês).

Meus planos é movimentar um pequeno negócio, livrar o carro, que já está como garantia de empréstimo e daí me estabelecer e fazer exatamente o que falei lá encima.

Até lá, vou tocando um pequeno negócio e criando uma clientela.

Eu já tenho alguns clientes em potencial, mas não há espaço no meu apartamento para um equipamento desses.

Acho que chego a este estágio em 18 meses ou menos. Acompanhe o blog e comprove.

Conclusão

Considero meus leitores como uma elite. Pessoas que estão investindo em conhecimento para crescer na vida.

E deixar dicas que façam a diferença na vida das pessoas é um dos meus objetivos.

Tenho muitos leitores seguindo meus conselhos e aplicando na prática muito do que é ensinado aqui.

Pessoas aprendendo uma profissão assistindo nossos vídeos. Pequenos empresários dando uma rodada no rumo de seus negócios aplicando as técnicas administrativas que ensino.

Costumo detectar uma boa oportunidade bem antes da maioria das pessoas. Isto já aconteceu com duplicadores digitais, de baixa qualidade mas alta produtividade e sem precisar de pessoal qualificado, roubando mercado das offsets com alta qualidade, mas de baixa produtividade e dependentes de “estrelas” operando as máquinas.

Já alertei de possibilidades escondidas nos plotter e pouco exploradas no mercado e agora com impressoras para atender impressões locais rapidamente.

Eu, se fosse você, dava uma avaliada mais a fundo nas possibilidades deste equipamento. Se já está estabilizado a algum tempo,mas as coisas não andam tão bem, corre atrás do seu banco e faz o cartão BNDES. Não esquece de antes falar com o contador e integralizar todos os equipamentos que você tem adquirido meio sem controle. Um bom capital social faz a diferença para os bancos, inclusive o BNDES.

Corre atrás que as coisas melhoram.

Um abraço a todos.

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Gráfico por mais de dez anos usando as marcas Qualiprint e Cardquali. Atuação na zona oeste do Rio de Janeiro e pela internet, principalmente pelo mercado livre onde foi por anos Mercado Líder. Atualmente administrador numa rede de restaurantes e proprietário do blog Dicas Gra´ficas do Cardquali, onde procura levar parte de seus conhecimentos na área gráfica e administrativa para todos interessados na área.

14 COMENTÁRIOS

  1. Olá, Paulo! Sou muito fã do blog. Sempre to por aqui!
    Eu tenho uma loja pequena que abri a pouco tempo, na qual trabalho com produtos gráficos.
    Eu crio as artes e terceirizo as impressões em gráficas online como vc deve bem saber.
    Pois bem, comecei a uns 6 meses, e a “coisa” está indo bem. Agora minha ideia é ter uma impressora A3 aqui em minha loja, justamente pra atender pequenas demandas, e aqueles clientes que querem pra amanhã. Pensei aqui na RICOH 2050. Achei que ela tem um valor mais acessível, pois as demais estão muito caras.
    Minha intenção é antender aqueles clientes que querem 30 cartazes pra amanha. Querem 100 cartão de visitas pra amanha, e etc…..

    Eu gostaria de saber quais trabalhos posso oferecer tendo uma 2050 na minha loja?

    Qual o custo por impressão de uma máquina dessas?

    E será que vale a pena ter essa máquina, ou devo continuar terceirizando tudo e pedindo para que os clientes aguardem o prazo de 5 a 7 dias, como faço hoje.

    Desde já agradeço sua atenção. Vira e mexe to por aqui pedindo sua opinião. ABraços!

    • Rafael,
      Ter uma maquina para as “emergencias” é uma boa pedida.
      Não adianta comprar a maquina pensando em produzir 1000 cartões ou 1000 panfletos… o custo da offset vai ser sempre melhor.
      A sua maquina vai servir para atender pequena demanda, tipo 100 cartões e alguns cartazes.
      Eu já descrevi aqui no blog umas ricoh de maior medida. está no post – https://cardquali.com/dica-de-impressora-ricoh-aficio-mpc-6000-7500/ e o teste aqui – https://cardquali.com/ricoh-aficio-mpc-6000-minha-analise-das-amostras-chegaram/
      É basicamente a mesma maquina que a 2050, só que mais rápida (a qualidade muda muito pouco). O custo de impressão é o mesmo.
      No artigo eu faço um custo de R$ 0,60 na época… imagino hoje que esteja em torno de R$ 0,80 o A3 sem papel… mas é necessário atualizar os valores e refazer os cálculos.
      Tem que incluir na sua lista além da impressora, uma guilhotina de boca alta que vai custar cerca de R$ 1-2 mil (as mais baratas A3).
      Eu indico essa compra para você… pode ser até uma maquina um pouco mais moderna como a 2051… a serie 3000 ou a 4000… só cuidado que algumas não puxam papel grosso… tem que olhar nas especificações com cuidado.
      Comparando os serviços… a maquina que roda pequena tiragem na Atualcard é superior a Ricoh, mas a qualidade da Ricoh é boa o suficiente para atender a clientela. O que eu já vi saindo dela equivale a serviços offset em maquinas comuns o que atende plenamente o mercado.
      Ao comprar tenta fazer de alguém que tenha varias maquinas e que tenha manutenção… isso vai reduzir seus riscos.
      Boa c ompra.
      Abraços,

  2. Olá Paulo!
    Quando crescer quero ser como você sabia, admiro seu desprendimento de conhecimento! estou no mercado gráfico e de impressão digital através do meu pai que é “ainda” pintor letrista mais não seguiu o caminho da modernidade por amar pintar e sujar a mão com a tinta…risos vi no post que Já alertou sobre possibilidades escondidas nos plotter e pouco exploradas no mercado, adquiri uma látex a menos de 1 ano e estou justamente querendo fugir da prostituição que se tornou o mercado m²…
    Além disso mesmo já na casa dos ENTA resolvi ser designer para não ficar refém e ser eu a criadora das minhas próprias artes!
    Paz e bem!

    • Marceli,
      Só não deixa esse fato de não se tornar refém te deixar refém de sempre fazer as suas artes. Muitas vezes a terceirização é importante.
      Para você ter uma idéia eu hoje terceirizo as artes finais… e isso sempre foi o meu forte. A garotada é muito pior que eu nas artes… de vez em quando um me surpreende com alguma idéia, mas em geral falta noções de design. Mas sabe que eu ganhei um tempo enorme. Hoje controle melhor as vendas… mas ainda tem muita coisa para terceirizar aqui.
      Quanto mais você terceiriza as operações básicas e que consomem tempo, mais tempo terá para achar as oportunidades escondidas.
      Por exemplo, ao invés de fazer aquela arte demorada, ler o nosso blog pode abrir várias idéias sobre novas opções… ou mesmo ficar passeando no youtube ou mercado livre procurando idéias.
      Um grande abraço,

    • Eurico,
      Eu cito muito aqui como opção para os que estão iniciando máquinas 2050 usadas… tem bastante delas no mercado livre.
      Você trabalha com essas máquinas? A que faixa de valor? Algum comentário sobre elas? Tem como comparar em termos de qualidade com a séria 6000?
      Abraços,

  3. Olá Paulo, trabalho com convites, só que quero aumentar a produção, e utilizar novos papéis, sendo que atualmente meus convites são feitos numa jato de tinta da epson, dai quero utilizar papéis perolados, qual laser você me indica? de preferencia A3, minha demanda é de mais ou menos 300 convites por dia, e uma guilhotina boa? Já fui em muitas lojas, pesquisar essa impressora, porém não encontro nenhuma resposta que me deixe confiante em relação ao custo beneficio, uma plotter seria ideal? Muito obrigada.

  4. Olá Paulo, é sempre um prazer ler suas publicações, adoro todas e agora mais do que nunca estão sendo bastante úteis, pois estou começando a trabalhar com atividades gráficas, queria um opinião sua sobre Impressoras Laser Colorida, uma que supra minhas necessidades e que seja de baixo custo, irei desempenhar com ela as seguintes atividades: Cartões de visitas, Panfletos, todo tipo de impressões coloridas em geral. Lendo os comentários acima me veio uma outra pergunta a te fazer, pegando serviços em grande escala (Considerando que a minha gráfica vai ser de pequeno porte), é vantagem terceirizar esses serviços em gráficas maiores? Tipo: uma boa quantidade de cartões de visitas, muitos panfletos, entre outras coisas.

    Abraços, Fique com DEUS!

    • Cleibson,
      Não vale a pena fazer toda a produção numa laser. O custo de impressão fica muito alto, até para pequenas tiragens.
      Uma impressora como esta aqui da postagem tem custo de impressão muito mais baixo do que as laser de baixo custo.
      Mas vamos a prática!
      Uma laser mesmo com impressão cara pode ser muito útil.
      Ela vai te servir para mostrar com uma boa qualidade as artes para seu cliente. Daí, sempre que possível, você terceiriza numa empresa como AtualCard e concorrência.
      Mas tem sempre aquele cara que chega na sexta a tarde querendo o produto para sexta ou sábado. Nesse caso você roda na laser e cobra horrores do cliente.
      Digamos que o milheiro do cartão saia por uns R$ 25 e você venda normalmente por uns R$ 50. Deste cliente você vai cobrar uns R$ 150 devido a “urgência”.
      E pode dizer na cara dele que feito na laser o custo é muito maior do que feito em offset e que você tem um sistema de impressão em grupo (cooperativa) de cartões de visita, para baratear o custo, mas que leva 3 a 5 dias para chegar.
      A sua saída é exatamente essa.
      Quando der compra uma impressora offset de produção como a Ricoh (tem outras) e parte do que você terceiriza pode ser feito na sua empresa, aumentando assim a sua flexibilidade.
      A escolha da máquina deve se basear mais na possibilidade de reciclar os cartuchos (encher de novo), o que vai depender dos fornecedores que você encontre e do Know-How do fornecedor.
      Deu pra entender?
      Abraços,

  5. Boa noite Paulo! tudo bem? estou abrindo uma grafica rápida aqui na minha cidade de cerca de 30 a 40 mil habitantes, é pequena mas faz rota com as cidades maiores é obrigação passar por aqui, o comercio da cidade sustenta ela, visto que não tem indústrias ainda… aqui temos cerca de 5 gráficas com a que estou montanto, comprei um duplicador digital ricoh jp 1050 que ainda não chegou de SP, ao ler seu artigo me veio uma dúvida cruel qual máquina comprar? Ricoh mpc 6000 ou a riso hc5000 sou pobre e ainda vou começar no mercado das gráficas como dono ja trabalhei como arte finalista, ja tenhos meus clientes e tenho a certeza que irá dar certo o empreendimento, aqui as graficas entregam serviços comuns com 4 a 5 dias (talões e etc monocromáticos) o resto é terceirizado em uma cidade de cerca de 200km daqui, os cartões a empresa que presta o serviço pede cerca de 10 dias, então eu penso que comprando no mínimo essa Aficio mpc 6000 eu deva dar um salto em relação a concorrencia! aqui em média um vendedor consegue em torno 25 a 30mil em pedidos para serem feitos na gráfica e como a margem de lucro é grande acredito que em um ano eu consiga comprar a Aficio mpc 6000, gostei muito das dicas aqui, eu pretendo fazer o que a maioria não faz, aprender a dar manutenção nos próprios equipamentos…

    • Oi,
      Não quer um sócio aí, não? Pelo que vi está num paraíso! Aqui no Rio as coisas estão bem mais complicadas.
      Sem dúvida esta afício deve te atender muito bem. Lembre-se que vai precisar de guilhotina.
      Acho que o seu maior problema vai ser ter que manter um bom estoque de papel e a questão da manutenção, que pode se tornar problemática.
      Meu conselho é não lotar o equipamento ou fazer planos de ter um sobresalente para as paradas não te afetarem muito.
      Também é interessante fazer um bom esquema de terceirização de produtos gráficos, para atender panfletos e cartões em grande quantidade.
      A rentabilidade que você falou por vendedor é simplesmente fantástica. É totalmente fora da realidade dos grandes centros.
      Aqui vai um alerta… seus números foram tão grandes que talvez seu planejamento esteja sendo feito com números irreais… muito maiores que a realidade. É bom tomar cuidado com isso. Veja a vida dos seus concorrentes como está. Lucros dessa magnetude implicaria em grandes posses de dinheiro, carros muito bons, várias casas… se não for essa realidade a encontrada, pode ser que você esteja com numeros errados.
      Fala um bom planejamento… com números reais… e vai em frente. Eu acredito que seja um bom negócio, mesmo não sendo o tanto que você falou!
      Abraços,

  6. Olá Paulo, boa noite e um grande abraço. Li e reli seu post por diversas vezes e decidi fazer um comentário. Trabalho com máquinas copiadoras e ploters (recorte, solvente e dye) a cerca de onze anos e copiadoras\impressoras (multifuncionais) a cerca de seis anos. Meu conhecimento de utilização plena destas máquinas ainda é deficiente, mas acho que tenho um pouco de experiência com aquisição e custos embutidos que ninguém (eu disse: ninguém) fala. Vc adquire o equipamento e te “convencem” de que o custo com impressão é “X”. Se vc tem uma pequena gráfica, falo de cadeira: o custo real é no mínimo 5 vezes (repito: no mínimo 5 vezes)mais. Existem muitos custos ocultos nunca revelados na hora da compra, por exemplo: a manutenção; ou vc tem um contrato que cobre tudo ou na prática, de vez em quando, quase sempre, vc vai ter uma dor de cabeça considerável. Para se ter uma idéia: determinada peça quebra, faz a cotação, custa 2mil, se vc tem contrato a peça chega p\ vc por 300,00 na nota o técnico vem e troca, mas ainda precisa outra peça, pede, chega, troca e beleza. Vc assim consegue ter um valor de custo fixo, pode ser mais alto, mas fixo e previsível. De outra forma um mês seu custo é X, no mês que deu mais manutenção o preço 3X, ou seja imprevisível, além de que só a visita avulsa de um técnico (fora de contrato) pesa bastante. Eu estou passando por isso. Tenho máquinas em outsourcing e equiptos próprios. Aluguel; quebrou chamou, trocou, trabalhou. Própria: quebrou, levantamento de fornecedores, cotação, análise, negociação,pedido, envio, chamada do técnico, troca, deu certo legal, não ficou perfeito? O ciclo recomeça para a outra peça complementar, pois no conjunto existem peças com desgastes diferentes . Hoje no meu ver outsourcing é a solução mais viável. Não aloca recursos, equipamentos atualizados, manutenção, insumos, tudo na mão. O custo mais alto pode ser diluído na quantidade. Não é tão simples, mas penso que o tempo dispendido em administrar todos as fases da operaração deste equipamento é terceirizada e vc pode focar em algo mais importante. Sua clientela exigiu mais qualidade, troca o equipamento por um mais atual ou com mais recursos e bola prá frente. Para mim foi muito melhor. Hoje vc compra um equipamento pelo BNDES em 48 ou 60 meses, antes de acabar de pagar ele já está obsoleto há um bom tempo, ou seja, lá vai vc de novo no ciclo de pesquisa, análise, levantamento de recursos, negociação, compra, instalação, treinamento, divulgação. O que vc está trocando não vale praticamente nada, tanto que em algumas vezes o próprio fabricante “recompra”. Quando vc está trabalhando alguns meses com esse “novo” equipamento, o fabricante já lançou mais duas versões adiante desse seu modelo, e ainda faltam 3 ou 4 anos de financiamento. Muitas vezes me vejo sendo um grande “colaborador\escravo” da HP. A manga é doce, mas o caroço é duro. Espero ter ajudado. Essa é a minha experiência. Um grande abraço a todos e que Deus nos abençoe.

    • Ney,
      Obrigado por mais uma vez participar aqui nos comentários.
      Estes custos que você fala também existem quando se trabalha com offset.
      Pela minha experiência em área industrial em geral, os equipamentos embora cheguem a determinada velocidade, devem ser usados com certa folga.
      Por exemplo, uma máquina offset que faz 10 mil impressões por hora, deve rodar a 70% desta velocidade, ou seja, umas 7 mil por hora.
      Quanto mais folgada as exigências com a máquina, menos intervenção técnica ela vai ter.
      Uma máquina que trabalha direto no limite talvez precise de 1 intervenção mensal, enquanto que a mesma máquina trabalhando a 70% deste tempo necessite de uma intervenção a cada 6 meses.
      Já vi isto acontecer em fábrica de calçados, gráficas e padaria. É quase uma regra geral. Até com impressora de mesa isto acontece. Eu imprimia com jato de tinta bem no limite e tinha que considerar elas como descartáveis (trocava quase que mensalmente… tinha várias rodando ao mesmo tempo).
      No caso de um “copista” como me parece ser o seu perfil, as máquinas também ficam perto do limite e realmente há muitos custos envolvidos.
      Eu já tive um duplicador digital em situação parecida com esta. Minha solução na época foi adquirir o máximo de conhecimento técnico para resolver a maioria dos problemas e fazer regularmente (quase diário) manutenções preventivas, apertando e ajustando tudo que era necessário.
      No caso dessa máquina, o vendedor foi bem consciencioso,pois já revelou o valor de várias peças substituíveis que normalmente não são citadas e o custo de impressão não veio nos tradicionais 5% de que falam os grandes fabricantes. Veja bem, os custos dele incluiram toners, cilindros e outras 3 ou 4 peças. Os toners não foram calculados em 40 mil impressões como no manual e sim nuns 8 mil, levando para um custo de impressão mais próximo da realidade.
      Quem não se prepara para trocar os cilindros e outras peças móveis pode realmente se dar mal. Já vi muita gente reclamando disso na sua área. Não é só toner que uma impressora desa gasta e um cilindro é bem caro.
      SE você pegar uma máquina dessas e trabalhar 8 horas por dia, a 60 páginas por minuto com umas 10 mil impressões dia, vai quebrar a máquina. Mas se ficar na faixa das 1 mil a 2 mil por dia ela vai ter pouca intervenção e vai dar uma boa lucratividade.
      Quanto a obsolucencia da máquina, ela acontece em toda a industria da informática, desde o windows. Tentam te convencer que ela já não serve mais. Mesmo nesses casos lembre-se que em outro local ela ainda vai ser uma máquina de ponta. Venda pra um bairro ou cidade menor e ajude no custeio do novo equipamento. Não é porque ela não vale nada no seu local que não valerá em outro local.
      Abraços,

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