Existem muitos tipos de empresários. Alguns entram no negócio sem nenhuma preparação, outros só abrem seus negócios depois de anos de planejamento. Será que isto faz alguma diferença? O que você planeja para o futuro de sua gráfica?
Quem começa um negócio gráfico?
Basicamente conheço três tipos básicos de empresários gráficos.
O primeiro é aquele que já trabalhava no meio gráfico como funcionário e resolve abrir seu próprio negócio.
O segundo é aquele que entra pelo lado de fazer artes finais e vai se equipando e acaba se tornando um gráfico.
O terceiro é o investidor, que se programa para abrir um negócio e escolhe o meio gráfico, mesmo sem conhecimento e se mune de profissionais tanto na área gráfica como na de design.
Pode ser que a sua história seja diferente, mas quase todos que eu conheci tiveram um início parecido com estes três. Se você foi diferente deixe seu comentário!
E como eles iniciam?
Quando um profissional vindo de uma gráfica pensa em abrir seu negócio gráfico, o faz basicamente por ver a facilidade de se abrir um pequeno negócio. Normalmente começa adquirindo uma pequena máquina offset, com uma gravadora de chapas caseiras, terceirizando artes finais, fotolitos e quase sempre trabalhando sozinho. A segunda aquisição geralmente é uma pequena guilhotina, necessária para preparação do papel e para fazer o acabamento final. Os conhecimentos geralmente são limitados a área de impressão. A maioria nem chega a ter empregados.
O segundo tipo de gráfico abordado, são aqueles que iniciam com arte final. Geralmente estes tem um pouco mais de conhecimento teórico, necessário para fazer um bom serviço de arte final. Geralmente assim que podem conseguem um ou outro funcionário, em geral fazendo arte final ou operando máquinas de impressão rápidas como copiadoras, duplicadores ou impressoras laser. Pouco a pouco vão se equipando tanto com equipamentos de pré-impressão, quanto de impressão offset convencional. Tem como característica ter um número mediano de empregados.
O terceiro tipo de profissional gráfico, não sabe quase nada de processo gráfico. Seu foco é administrativo-financeiro. Para suprir sua falta de conhecimento normalmente se associa a pessoas oriundas do meio gráfico. As empresas normalmente tem um maior porte e são mais bem estruturadas. Ou seja, estas geralmente começam onde as outras levam anos para atingir.
Qual a diferença principal entre elas?
Não sei se você notou, mas a diferença principal entre elas é o planejamento.
A última empresa citada tem duas coisas que faltam nas primeiras: Muitos recursos, tanto humanos quanto financeiros e um bom planejamento inicial.
É claro que as duas primeiras podem vir a dar certo, mas é grande o número de empresas que iniciam suas atividades e são forçadas a fechar precocemente por falta de planejamento. É bastante comum também, empresas que iniciam sem nenhum planejamento e continuam praticamente sem alterações através do tempo, sem crescimento e muitas vezes trabalhando por anos no “vermelho”.
Quando o profissional não tem grandes pretensões financeiras, podem até subsistir quase sem rendimentos, mas é isso mesmo que você quer?
A importância de um bom planejamento
Qualquer que seja o negócio que você pretenda abrir, é muito importante fazer um bom planejamento.
Você deve saber de antemão o que pretende fazer, que equipamentos deseja adquirir, o que pode produzir com eles e seus limites de produção. Deve saber quem é o seu público consumidor, ter estimativas de vendas, fazer custeio dos produtos e projeções por algum tempo.
Uma coisa importante que muitos esquecem é de ter uma reserva financeira capaz de manter suas finanças pessoais por pelo menos 1 ano. A retirada prematura dos sócios é um grande causador de quebras nas empresas.
Se não sabe por onde começar vou dar três caminhos que se complementam.
O primeiro são livros como “O segredo de Luísa”, “A construção do plano de negócios” ou “plano de negócios – o guia definitivo” dentre outros vão dar a base para a construção de um plano de negócios entendendo passo a passo a construção dos mesmos.
O site do SEBRAE de Minas gerais tem um programa gratuito para desenvolver o seu plano de negócios. Siga o link Software Plano de negócios 2.0
As linhas de crédito do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e o cartão BNDES podem dar uma ajudinha nas primeiras compras.
Fazendo um bom planejamento, obtendo recursos compatíveis com o inicio do negócio e tendo recursos humanos de boa qualidade é possível criar uma empresa sólida e com rápido retorno.
E se eu já iniciei da maneira errada?
Muitos dos que já acompanham meu blog, já estão no meio gráfico e podem estar exatamente nessa situação de “marasmo”, sem que as coisas deslanchem.
Nada impede que você reinicie seu negócio. Faça um bom plano de negócios. Verifique os recursos necessários e faça projeções.
Pode ser que você sozinho não consiga atingir seus objetivos, mas tendo um bom plano de negócios você pode partir para encontrar bons sócios, que complementem suas habilidades, para reiniciar com um negócio mais bem estruturado.
O ideal é ter sócios que abranjam a área técnica de impressão e processo, a arte de editoração e pré-impressão, a área administrativa e de vendas e a área financeira. Dois ou três sócios que tenham todas estas competências podem fazer uma boa empresa.
Destas áreas, por incrível que pareça, a financeira é a menos importante, pois pode-se obter recursos de outras fontes.
Vantagens de se associar
Ao se associar, logo de inicio, pode-se ter redução de despesas. Só isso pode ser o suficiente para alavancar a carreira de todos os sócios.
Quer exemplos? Imagine o gasto com aluguel. Você ocupa espaço em sua residência ou paga o aluguel fora. Geralmente está num local de baixa visibilidade. Com o aluguel de três sócios com negócios próprios, pode-se fazer uma mudança de ponto para um grande centro de passagem, ainda economizando dinheiro. Melhor ponto, maior o número de vendas, para todos.
Os equipamentos também vão se somar. Um sócio leva a parte de informática e de pré-impressão, o outro a de impressão e acabamento, o outro a equipe de venda. Os equipamentos em duplicidade podem ser vendidos virando recursos para ampliação do negócio.
Tendo custos divididos, uma só luz, um só telefone, internet, água, etc, pode-se ir muito além do que os sócios em negócios individuais próprios.
Cuidados com os sócios
O ideal é que os sócios se conheçam, gostem das qualidades de seus pares e que tenham ideias comuns.
O maior perigo é cada um pensar em ir em determinada direção.
O plano de negócios deve ser o verdadeiro dono do negócio. Uma vez definido o plano de negócios com todos os detalhes, basta seguir a risca o planejamento de curto, médio e longo prazo. Assim as ideias individuais devem ser expostas antes mesmo de iniciar a sociedade. Pode-se inclusive registrar o plano de negócios e colocar o mesmo atrelado no contrato social da nova empresa.
Este contrato deve inclusive deixar claro os termos para entrada e saída da empresa. Uma vez integralizado os equipamentos à empresa, os mesmos deixam de ser de cada indivíduo e passam a seguir o que está escrito no contrato social.
Caso não haja concordância nos mesmos, nem inicie a sociedade.
As retiradas e pró-labores e valores a serem reinvestidos e prazos de balanço devem ser estipulados em contrato.
Uma vez ajustados o acordo, basta seguir em frente.
Planejamento – passo essencial
Já falamos do planejamento, mas aqui cabe mais um reforço. O planejamento é essencial. É ele que vai definir o sucesso do empreendimento.
Através do planejamento e de suas projeções, pode-se ir visualizando o resultado de cada etapa e ir ajustando para que volte a situação ideal. Tudo deve ser planejado! Desde as compras até os gastos com divulgação e propaganda.
Tendo o controle preciso dos acontecimentos, pode-se agir mais rapidamente quando houver mudanças de mercado, reajustando os planos de acordo com o mercado.
Aqui vale lembrar dados do Sebrae, que indicam um aumento em mais de 70% nas chances das empresas que fazem um bom planejamento passarem dos 5 anos iniciais de vida e escaparem da dura estatística das pequenas empresas desta país (só 7% sobrevivem aos 5 anos e 90% morrem antes dos 2 primeiros anos).
Quer ser diferente das que quebram… faça seu plano de negócios!
Conclusão
Repetindo… Faça um PLANO DE NEGÓCIOS!
Se as coisas estão difíceis sozinho, associe-se a pessoas que complementem suas competências.
Não tente fazer tudo sozinho! Tenha bons colaboradores!
Espero que tenham gostado deste post.
Até a próxima!
Abraços,
O problema de hoje, é que a industria gráfica ganhou velocidade e os equipamento, são incrivelmente caros, hoje para se dizer que tem uma gráfica, a pessoa tem que ter cacife, tudo ficou assim, difícil? não! Apenas , tem que ter dinheiro e conhecimento na área de finança e pessoas conhecedoras da área gráfica, outro problema: tem muito gráfico, só que a tecnologia embarcada nos equipamentos ou seja a forma que se faz gráfica hoje, com alta tecnologia, necessária ao mercado! Tem que escolher bem a sua equipe e isso por incrível que pareça, não é fácil.
Então a palavra certa é: tem que ser profissional!
Se não, já começa falido!
A pessoa pensa: vou comprar uma GTO monocolo e vou arrebentar, já foi, é mais um mambembe no mercado, vai ter que trabalhar sozinho, por enquanto ainda consegue ganhar um pouquinho, pelo menos o salário para viver,ou escravizar a família toda e ainda se achar bem sucedido , filho sem carteira assinada, logo começa as brigas, esposa sem pagar Inss, que vai perceber com o tempo que tá tudo errado, isso se o todo poderoso ainda não arrumar umas quengas na rua e a familia nessa vaib, ai o circo pega fogo, e ainda com um futuro totalmente comprometido, as digitais vem comendo tudo , as gráfica fornecedoras de impresso , a gente não acha nem o custo do papel, realmente, estamos fritos!
Até as gráficas fornecedoras de impressos, já estão batendo cabeça, todo mundo que tem uma 4 cores estão pensando a mesma coisa, fornecer impresso, isso vai minando, seria bom pensar! Legal, bom para as pequenas gráfica que usa esses fornecedores, só que pela concorrência desses fornecedores entre eles, já tem fornecedor de olho no serviço do coitado que leva serviços para terceirizar, liga nos clientes deles e passa as coordenadas.
Eu tenho prova disso em mim mesmo, perdi alguns clientes e ainda levei bronca de alguns, pois ele receberam e-mail marketing da grafica fornecedora e ainda alguns me chamaram de malandro, afinal o fornecedor tem o principal, a arte do cliente, vendi o cartão a R$ 80.00 e a gráfica passou a R$ 60.00, quando me cobra R$ 20.00 para revender,
fica até fácil fazer a conta! ganha 3 vezes mais e anda fica com cliente e os trouxas mamando dedo.
Isso vai ser a pegada do mercado, sem ética nenhuma! Tudo por causa da concorrência entre eles.
Pega hoje, um fornecedor de grande porte, não vou citar nomes aqui!
Que tem nos seus arquivos praticamente todos as artes do mercado, se José levar o serviço, tudo bem , tem no arquivo, se Pedro passar lá cliente e pegar o mesmo serviço , tudo bem tem o arquivo, vai chegar uma hora que vai estar tudo dominado, tem gráfica que está até vendendo tamplayte de cartões, tudo que pegou dos otários,
faz um cd taca na negada, por R$ 39.00 , eu não compro, mas os novos, compra, coisa que não falta, é novos e bom hem, garotada sem experiência mas que manja muito de software, que vão virar seu concorrente tranquilamente, sem entender nada de gráfica, enquanto eu, você, fica atordoado como fazer gráfica, desse geito, Mais ainda tem os grandes clientes abraços a todos
Adão,
Excelente desabafo.
Isso aconteceu comigo também num distribuidor aqui do Rio que hoje se diz o maior do estado.
Mas acontece que mesmo fazendo isso ele começa a se queimar no mercado, não consegue ser o melhor em qualidade por estar agindo sempre errado e corre o risco de outro qualquer atingir a massa crítica com mais ética e derrubar de uma vez o negócio dele.
E isso acontece de uma hora para outra pois os clientes vão dizendo basta e de uma hora para outra o mau distribuidor não dá conta de atender os clientes finais, deixando de pagar a estrutura monstro que possui.
É só esperar que acontece.
Por enquanto se foca em atender bem os seus clientes… mesmo os perdidos acabam voltando quando quiserem alterar suas artes antigas pois o distribuidor se engana ao achar que pode cuidar bem do atendimento e da produção.
Um grande abraço,
Olá amigos fiz um curso de design gráfico e resolvi com pouco investimento montar um escritório em minha casa e fazer algumas impressões de pequenas tiragens, o fato e que pesquisei incansavelmente por uma impressora que pudesse me dar uma impressão de qualidade e baixo custo, comprei uma HP pro 8600 um bom computador, uma guilhotina, mesa, escrivaninha e prateleiras e montei em meu escritório uma mini gráfica nem sei se posso dizer assim, o fato e que depois de pesquisar bastante comecei a fabricar cartões de visita em papel fotográfico (Glossy paper) as impressões são magnificas só que tenho problemas para encontrar cartões com alta gramatura até agora somente encontrei de 240g, gostaria de saber se eu enviar meus cartões a uma gráfica de grande porte e mandar envernizar meus cartões eles podem ficar com uma gramatura melhor e com um melhor acabamento? preciso de dicas pois não disponho de muitos recursos. obrigado
Marcos,
Vou dar o pulo do gato.
A questão toda é custo! No seu processo o custo é enorme.
Você pode até usar este processo para atender um cliente desesperado que deixou a impressão para o ultimo segundo. Mas tem que cobrar caro por ela.
O mais viável é fazer a arte bem ajustada e mandar para um distribuidor como a atualcard. Em pouco tempo você recebe um produto com qualidade infinitamente superior a que você está obtendo atualmente (não vai borrar com água por exemplo).
Seu custo vai reduzir drasticamente e você vai gastar menos tempo.
Pode até escolher outro fornecedor mais conveniente para você… estude o seu custo atual e veja o preço que eles cobram pelo produto pronto.
quer entender porquê? veja o post: IMpressão em grupo: o segredo do cartão de visita barato (https://www.cardquali.com/impressao_cartao_visita_barato/)
Abraços,